terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Tempo de saber viver, tempo de deixar morrer.

Este é o último texto que publico aqui neste blog, “A Prosa do Cotidiano”. Faço isso com satisfação e paz, compreendendo com gratidão o término de um projeto.

Temos a tendência de interpretar os ciclos de início e fim das relações, dos trabalhos, ou seja lá do que envolvemos a nossa energia, a partir dos marcos de apogeu e de declínio. Das minhas leituras, observações e experiências nos últimos tempos, estou me permitindo encarar os “começos” e os “fins” sob uma nova perspectiva.

Vou te sugerir uma situação extrema: imagine que desde o início dos tempos as pessoas sempre tivessem morrido de forma natural, sem intervenção dos excessos humanos. Agora, pense se todos esses seres estivessem vivos até hoje? Seria possível ao planeta abrigar TODAS as pessoas que transitaram por aqui? Eu penso que não.

A morte de alguém concedeu espaço a vida que tenho hoje, e sou grata a isso, da mesma forma que um dia eu darei espaço a outra alma. O ciclo da vida-morte-vida é inevitável.

Hoje este blog morre e meu sentimento é que ele iluminou algo que pulsava em mim, a escrita. A palavra foi desperta e agora se manifesta em qualquer lugar que esteja: no banho de mar, no caminho dentre as árvores com a companhia silenciosa do Danilo, pelas nuvens que cruzam o avião, com meus sobrinhos no colo. Basta manter o sentido aguçado e a perspicácia de anotar sempre.

Gabriel Gárcia Márquez, eu seu livro “Viver para contar”, relata que em meio às angústias do ofício um amigo lhe aconselhou “só escreva se não puder viver”. Eu sou assim hoje, escrevo para viver. Talvez meu corpo físico resistisse a tempos sem escrita, mas minha alma sucumbiria sem seu alimento diário para a manifestação da sua existência.

Portanto, me manterei escrevendo, em outro projeto que em breve divulgarei, e para isso digo carinhosamente “adeus” a este blog.

A cada um de vocês, que me acompanharam nesse percurso, muito obrigada. A palavra cura, a quem escreve e a quem lê. É um meio de conceber forma aos pensamentos e aos sentimentos que vagam entre as pessoas, entre os espaços, pelo mundo. Nossa prosa irá continuar, sempre.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Desejo ao seu ano novo
O final de ano é a época que nos invade uma onda de promessas com novas metas, diferentes posturas pela vida e objetivos desafiantes. De repente janeiro começa, fevereiro passa, e a força da rotina nos traga aos antigos hábitos, que nos levam aos lugares antes conhecidos. Eu mesma experimentei esse ciclo por alguns anos.
Pois em meados de setembro de 2014 tomei um novo conceito sobre esses marcos temporais, de início e final de “ano”, esse conceito corriqueiro de que tudo começa no dia 01.01 e termina em 31.12. Passei a observar o fluxo contínuo da vida, que não se fixa em datas pré-estabelecidas no calendário, sendo o nascimento e a morte as únicas certezas nessa nossa jornada por estes ares.
A partir de então as decisões que pediam urgência foram tomadas independentemente dos fogos de artifício estourarem no céu ou a banda de carnaval passar. O calendário reduziu sua utilidade para organizar as tarefas da semana e a viagem do mês que se aproxima.
Assim também se foi uma certa angústia que rodeava as festas natalinas, tornou-se desnecessário revisar os planos do ano anterior e conferir os tantos anseios que tinham se transmudado em nada.
Neste último texto do ano, te proponho o mesmo exercício que venho praticando: abandone as promessas de 31.12 de que você se dedicará mais ao seu amor, ou que se resolverá naquele trabalho que te esgana apenas depois do carnaval, ou que impreterivelmente em janeiro fará inscrição no curso de pintura, fotografia ou teatro que sempre quis. Faça tudo isso assim que possível e sempre.
O que sua alma pede com sutileza, aquele sonho que paira nas noites antes de dormir, dê voz a ele a qualquer época do ano. A vida pede passagem a todo tempo, seu fluxo é contínuo e ininterrupto. Que em 2016 você tenha a coragem de dar voz à sua essência, esse é o meu desejo ao seu ano novo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Em meio a dezembro

Chegamos mais uma vez nesse mês "loucura total". Desde que comecei a ter uma certa noção da vida adulta me espanta a quantidade de compromissos e afazeres que surgem em um mês de 23 dias. Não, eu não estou enganada quanto ao calendário, dezembro tem 23 dias, a partir do dia 24 não há mais nada de “útil”, no sentido de “produção” a fazer, se assim posso dizer.

Quando o calendário aponta 01.12 o celular começa a se perder com mensagens e convites para eventos, sejam familiares, de amigos ou do trabalho. Eu me questiono: por que toda essa gente não quis me ver nos 11 meses que se antecederam? Claro, muitas dessas pessoas estiveram comigo ao longo do ano, mas sempre aparecem aquelas com a nostalgia das festas natalinas a marcar o compromisso que foi adiado para a semana que vem, que nunca chegou. Aparecem em dezembro.

Sem contar o trabalho. O que era para ser feito nos últimos 2 meses deve urgentemente e impreterivelmente resolver-se em dezembro. Só comigo se apresenta essa ânsia (o que se repete nos últimos 10 anos) ou é geral?

E o trânsito então?! Confesso que estou aliviada de passar as últimas semanas deste mês longe das avenidas brilhantes e coloridas das grandes cidades.

A primeira vez que estive em São Paulo nessa época não entendia a razão daquela corrida maluca. Em grandes centros o superlativo dá suas caras com força e eu, caipira, chocada com o mar de gente a se amontoar pela Avenida Paulista para ver os bancos com enfeites de Natal. Ou o frenesi nas ruas de comércio para adquirir os presentes e tantos outros apetrechos festivos.

A sensação era de fazer parte dos filmes norte-americanos no momento em que os extraterrestres invadem a Terra ou que o tornado avança para a cidade: todo mundo sai de casa, de carro e com pressa, concomitantemente.

E ainda tem os presentes. Como vocês já sabem da minha característica de sinceridade, aqui vai uma: detesto comprar presentes nessa época. 

Primeiro porque tenho que pensar em algo para mais de 10 pessoas ao mesmo tempo, e acredito que presente marcante deve vir acompanhado de uma boa dose de cuidado, para ser algo realmente especial, o que para mim não aparece em larga escala. Segundo que não sou adepta a shoppings, a música das lojas, o tumulto pelos corredores, me dá urtiga.

Que tal transferir a troca de presentes para a primeira semana de janeiro? Brincadeiraaaa!

Mas tudo bem. Respire fundo. Estamos no dia 15, em 8 dias o mês acaba. Todo mundo se desliga, revela o amigo oculto na festa da família, come sem medo de ser feliz e prepara a listinha de propósitos para 2016! E tudo começa outra vez.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Amores tortos

Ela estava com a idade pra fazer tudo o que o corpo pede e que a mente esquece. Sem compromisso com ninguém, além da sua diversão e do libertário prazer que vez ou outra tomava conta de suas veias. O frenesi dos descobrimentos, dos desencantos e inevitáveis desamores depois de um tempo de clausura.

Ele guardava consigo seus pensamentos e levava nos olhos a doçura de observar o mundo com ternura. No revés de dizer não, mantinha uma relação que pouco lhe interessava, de modo que buscava em novos horizontes tantas completudes bastassem para seu intento.

Os dois caminhando livremente pela vida, com olhos atentos e sentidos aguçados.

Pois um dia se perceberam quase sem querer, numa festa que ela resolveu ir de última hora. Se arrumou com pressa em frente ao espelho pequeno no quarto da amiga, seguiram juntas cantarolando e rindo diante das surpresas que a noite sempre revelava.

Ele saiu com a discrição de sempre, poucas palavras, gestos contidos, respostas vagas.

Os dois estavam no mesmo local, balançando ao som dos turbulentos ritmos tropicais que despertam os instintos por vezes adormecidos nas ancas. Partiram ao encontro que iniciaria o longo trajeto de descaminhos até o ajustamento de condutas.

Ela fugia da perseguição insistente de um amigo inconveniente, ele a salvava com a delicadeza que ela ainda não tomara pra si como gesto de grandeza. Ali nasceu o primeiro olhar, o primeiro sentido para o que cada um despertava no outro, a percepção do novo, percursos assustadores que levariam a lugares por vezes sombrios e depois clarividentes.

Começaram a se amar quase sem querer naquele instante. Os amores não se anunciam, quando se nota estão instalados e sem hora marcada pra sair. Um desespero.

Foi isso o que ela sentiu depois do primeiro encontro, ao deitar-se na cama na aurora do dia, conferir seu peito e notar que algo novo além do deslumbramento: desespero.

Sim, porque de súbito se recordou da vagueza com que ele havia mencionado uma namorada dias antes. Não se conteve, enviou naquele mesmo instante a mensagem com pergunta fatídica a ele. A ausência de retorno era a confirmação que temia para os próximos dias de angústia.

Mesmo assim foram se amando, conforme o tempo permitia e sem notar o quanto um e outro iam se imiscuindo na pele alheia. A alma que se enchia daquilo que não se descreve por qualquer palavra que há no mundo, porque amor é pequeno e não cabe em tudo que viviam quando estavam juntos.

Ela também sofria, por não ser inteira da forma que sempre se acostumou a ser. Não conseguia compreender esses encontros pelos cantos, essa ausência de conversas sinceras, então resolveu dar o cheque-mate para por fim aos dias intermináveis. Ele reagiu conforme se previa, sem a correspondência do amor e ela resolveu ir embora aos prantos que demoraram a secar.

Com a beleza que tomava conta de seus olhos, logo se fez com outro amor. Ele não pôs credo na agilidade com que ela se arranjou, tratou de fazer cerca na tentativa de semear o sentimento que outrora existiu.

Ela firme não se dissuadiu, viveu o que sua índole detinha sem esmorecer. Ele ficou sentido, naquele desconjuramento de que tudo tinha se acabado.

Mas o destino prega suas peças. Pois ele terminou de vez aquele descompromisso que já não havia como prosseguir, ela foi surpreendida com o fim das paixões por aquele que guardava afeto.

De uma hora pra outra estavam de novo juntos, ele e ela, ao som da mesma música, saboreando a mesma fruta (que ele sempre tratava de levar pra ela) e aprendendo a amar mais uma vez aquele amor que pensavam ter se perdido. 

Foram se cheirando sem pressa, sem receios, sem planos ou insinuações. De repente estavam sós, suficientes, inteiros e dispostos.

Percorrem juntos esses caminhos sinuosos da convivência, do dia-a-dia, do aconchego e desatinos. Hoje ele aprendeu a reverberar com um tico de facilidade, embora o olhar de ternura permaneça em tudo que vê. Ela entendeu que ser firme não é ser dura e segue exercitando passos leves.

Não é Eduardo e Mônica, somos eu, você e tantos outros que cruzam as esquinas neste instante.

O amor nos trouxe tortos e nos fez direitos.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A primavera das nossas amizades

Ainda que paire pelo ar um leve zunido de que não há amizade verdadeira entre o sexo feminino, em nossa pele sentimos algo bem diferente e a experiência tem a incrível capacidade de superar a teoria. Então espalho ao mundo que tenho amigas, de verdade, de coração, da vida.

Porque talvez a gente não corra as ruas com um megafone lardeando os pequenos e inúmeros gestos que inundam essa relação essencial para qualquer mulher. Talvez a gente divulgue a poucos os belos feitos que nossas amigas praticam por nós. Tudo isso porque aprendemos aqui e acolá que a felicidade é um tesouro precioso que deve ser guardado pelo silêncio.

Mas hoje irei quebrar a mudez que nos cala para espalhar que somos amigas, daquelas firmes, que não há inveja em nossa relação e sim compaixão, olhar que entende, abraço que acolhe, sorriso que convence.

Fundamental foi e é a amiga a nos colocar no colo, ceder seus ouvidos e conselhos no dia em que descobrimos que nosso amor não nos quer mais. Como se isso não bastasse, ela nos faz companhia por incontáveis dias, até que se convença que estamos aptas a respirar sozinhas a dor que invadiu o peito.

A amiga que nos dá carona para o trabalho, para a faculdade, para a balada e com ela desfrutamos de longas conversas, divagações vãs sobre o cotidiano que nos cerca. A filosofia do dia-a-dia, papos inacabáveis que seriam temas de livros, os quais guardamos com ternura no íntimo das nossas recordações.

Aquela que te acompanha para o show ou happy hour de última hora sem qualquer exigência que não seja a diversão.

Que te traz flores e um sorriso de conforto no dia em que sua família se parte. Te abraça com imensurável gentileza e de repente o ar é tomado pela doçura que há nos seus olhos. Minutos preciosos de calmaria em dias de mares agitados.

As que dividem as refeições contigo de segunda a sexta e ainda assim convidam para o almoço de domingo com a família, no dia das mães, dia dos pais e páscoa. Sabem que sua família original está distante, então oferecem as delas próprias, dividem o indivisível e de um momento para o outro você começa a fazer parte de um novo núcleo.

A que te salva depois das 18h, ajuda com o trabalho de última hora e as duas partem fazendo piada e rindo pelos corredores dos escritórios frios e inóspitos, aliviadas pelas longas horas do jantar que não desperdiçaram em frente ao computador.

As mensagens no celular com fotos, acompanhadas do delicioso “lembrei de você e quis compartilhar”. Os vestidos, casacos, sapatos e bolsas que emprestamos sem pestanejar. As declarações sinceras de saudade e de amor.

Amizades que nós mulheres carregamos por anos, ainda que os caminhos se distanciem.

Só posso concluir que muitos estavam equivocados, existe sim amizade entre nós, não é, minha amiga?! Nosso amor vai além de qualquer senso comum ultrapassado a respeito dessa relação pura.

Minha imensa gratidão a cada uma de vocês, essenciais para que eu enfrente esse caminho tortuoso, e por vezes doloroso, que a vida pode ser. Que também sabem rir com sinceridade das alegrias e pular com minhas conquistas. Nossa primavera não é de hoje, é de sempre.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Faço tudo por você

Aquele jantar com o amigo inconveniente e machista. O fim de semana na praia com a colega fofoqueira e baixo-astral. Acordar cedo para te levar no aeroporto, sem conseguir pronunciar meu nome pelo sono que toma meus olhos. Almoço de domingo com a família, pós-balada e ressaca sem precedente. Comprar “o” anel de brilhantes para te pedir em casamento, mesmo que as 12 prestações levem a grana que não tenho.

Eu faço tudo por você, ainda que isso signifique esquecer no eu acredito por tempo indeterminando, tanto tempo que uma hora já nem sei quem sou, a não ser o seu espelho, refletindo seus desejos.

Um fiel cumpridor dos seus íntimos e improváveis anseios, essa é a única forma que aprendemos de manifestar nosso amor.

Mas não se preocupe. Estou aqui diariamente com um bloco de notas mental, computando item por item as volúpias que cumpri em nome do nosso relacionamento. Tão logo você me irrite, esquecerei rapidamente o propósito inicial e tratarei de cuspir os sacrifícios que fiz em seu nome, tudo na mais verdadeira intenção de provar o amor incondicional que nunca tive.

Sim, porque esse papo é lindo e romântico na tela da TV ou nas salas de cinema, na vida real, meu bem, existem diversas condições a cumprir pra que nosso amor funcione.

Faremos o comparativo entre os meus e os seus sacrifícios diários, aplicaremos a subtração e quem sabe alcançaremos o resultado de qual é o maior amor. O outro deverá se disponibilizar em se omitir mais um tiquinho, em nome desse vínculo que se transformou numa equação aritmética.

Talvez um dia, num desses acertos de contas, a gente descubra que o amor se foi junto com a ideia equivocada de que é sempre preciso agradar o outro.

Estaremos frente a frente com o que realmente somos, chocados com a revelação da essência de cada um, há tempos ofuscada pelas exigências diárias de submissão. Nos daremos conta de que o sinônimo de “submissão” não é “amor”, recorreremos ao pai dos burros a nos lembrar o real significado dessa palavra: “aceitação de um estado de dependência”.

Você depende de mim pra cumprir seus desejos, eu aceito cumpri-los como prova do meu empenho em estar contigo.

Diante dessa chocante revelação, quem sabe a gente escolha mudar o rumo desse trem desgovernado que se tornou nossa união.  Experimentar o amor a partir da nossa essência, observando a convergência das intenções e não exigências. Impondo, de uma vez por todas, que o sacrifício não viva entre nós. Dia após dia as expectativas irão se disseminar e aprenderemos a ajustar nossos atritos com parcimônia e não volúpia.

A partir de então, eu nunca mais farei tudo por você, apenas pelo amor que nasce em mim e irradia em sua direção. Te entregarei as flores que brotam do meu peito, meus intentos e pensamentos sutis, os relâmpagos de alegria e suspiros de leveza. Espero que isso lhe baste. 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Labirinto do mundo

Hoje é um dia difícil de escrever. Quando eu me propus a fazer o blog tive a intenção de difundir a reflexão nas pessoas, que cada um conseguisse olhar um pouco para si, por dois minutos, depois de ler um texto pelas terças, e seguir com algo novo no peito.

Mas como me manter na escrita reflexiva numa semana que nos apedreja com fatos e constatações tão cruéis? Como encarar o outro nos olhos com a lama que destrói Minas Gerais, deixa uma população sem água e extingue um rio inteiro? Como acreditar que a desolação tem apenas o tamanho de Paris e não da Síria, da Nigéria, do Afeganistão, do Brasil.

Eu por aqui, no sofá confortável, bebendo um café, ao lado do marido que amo, me questionando, qual a minha parcela de responsabilidade em tudo isso? De que modo agir para transformar um pouco que seja em algo mais digno e respeitoso?

Será que se eu alterar a forma de me relacionar com a minha funcionária, ela se sentirá uma pessoa melhor e isso refletirá na sua família? Doações de água para Mariana? Libertar-me dos preconceitos? Alguém me diga pra onde ir neste mar de coisas a fazer, não posso me manter inerte, omissa, ineficaz.

Porque do alto do nosso pedestal de bondade, quando apontamos nossos dedos para a maldade alheia, nos abstemos completamente de curar o terror que nos habita. 

Não acredito que as tragédias partam sempre das grandes proporções, elas nascem no indivíduo abandonado, naquele que esquecemos de acolher, o que será feito por alguém, alguém que usa a angústia do outro para gerar desolação.

Talvez o meu texto não te conforme, porque ele também não faz isso por mim, ele me incomoda, demasiadamente. Hoje eu não consigo trazer nenhum alento para a sua terça, estou perdida no labirinto do mundo, procurando o caminho para um lugar melhor.