Em meio a dezembro
Chegamos mais uma vez nesse
mês "loucura total". Desde que comecei a ter uma certa noção da vida adulta me
espanta a quantidade de compromissos e afazeres que surgem em um mês de 23
dias. Não, eu não estou enganada quanto ao calendário, dezembro tem 23 dias, a
partir do dia 24 não há mais nada de “útil”, no sentido de “produção” a fazer,
se assim posso dizer.
Quando o calendário aponta 01.12 o celular
começa a se perder com mensagens e convites para eventos, sejam familiares, de
amigos ou do trabalho. Eu me questiono: por que toda essa gente não quis me ver nos
11 meses que se antecederam? Claro, muitas dessas pessoas estiveram comigo ao
longo do ano, mas sempre aparecem aquelas com a nostalgia das festas natalinas
a marcar o compromisso que foi adiado para a semana que vem, que nunca chegou.
Aparecem em dezembro.
Sem contar o trabalho. O que era
para ser feito nos últimos 2 meses deve urgentemente e impreterivelmente
resolver-se em dezembro. Só comigo se apresenta essa ânsia (o que se repete nos últimos 10 anos) ou é geral?
E o trânsito então?! Confesso que
estou aliviada de passar as últimas semanas deste mês longe das
avenidas brilhantes e coloridas das grandes cidades.
A primeira vez que estive em São
Paulo nessa época não entendia a razão daquela corrida maluca. Em grandes centros o
superlativo dá suas caras com força e eu, caipira, chocada com o mar de
gente a se amontoar pela Avenida Paulista para ver os bancos com enfeites de
Natal. Ou o frenesi nas ruas de comércio para adquirir os presentes e tantos
outros apetrechos festivos.
A sensação era de fazer parte dos filmes norte-americanos no momento em que os extraterrestres invadem a Terra ou que o tornado avança para a cidade: todo mundo sai de casa, de carro e com pressa, concomitantemente.
A sensação era de fazer parte dos filmes norte-americanos no momento em que os extraterrestres invadem a Terra ou que o tornado avança para a cidade: todo mundo sai de casa, de carro e com pressa, concomitantemente.
E ainda tem os presentes. Como
vocês já sabem da minha característica de sinceridade, aqui vai uma: detesto
comprar presentes nessa época.
Primeiro porque tenho que pensar em algo para mais de 10 pessoas ao mesmo tempo, e acredito que presente marcante deve vir acompanhado de uma boa dose de cuidado, para ser algo realmente especial, o que para mim não aparece em larga escala. Segundo que não sou adepta a shoppings,
a música das lojas, o tumulto pelos corredores, me dá urtiga.
Que tal transferir a troca de
presentes para a primeira semana de janeiro? Brincadeiraaaa!
Mas tudo bem. Respire fundo.
Estamos no dia 15, em 8 dias o mês acaba. Todo mundo se desliga, revela o amigo
oculto na festa da família, come sem medo de ser feliz e prepara a listinha de
propósitos para 2016! E tudo começa outra vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário