terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Em meio a dezembro

Chegamos mais uma vez nesse mês "loucura total". Desde que comecei a ter uma certa noção da vida adulta me espanta a quantidade de compromissos e afazeres que surgem em um mês de 23 dias. Não, eu não estou enganada quanto ao calendário, dezembro tem 23 dias, a partir do dia 24 não há mais nada de “útil”, no sentido de “produção” a fazer, se assim posso dizer.

Quando o calendário aponta 01.12 o celular começa a se perder com mensagens e convites para eventos, sejam familiares, de amigos ou do trabalho. Eu me questiono: por que toda essa gente não quis me ver nos 11 meses que se antecederam? Claro, muitas dessas pessoas estiveram comigo ao longo do ano, mas sempre aparecem aquelas com a nostalgia das festas natalinas a marcar o compromisso que foi adiado para a semana que vem, que nunca chegou. Aparecem em dezembro.

Sem contar o trabalho. O que era para ser feito nos últimos 2 meses deve urgentemente e impreterivelmente resolver-se em dezembro. Só comigo se apresenta essa ânsia (o que se repete nos últimos 10 anos) ou é geral?

E o trânsito então?! Confesso que estou aliviada de passar as últimas semanas deste mês longe das avenidas brilhantes e coloridas das grandes cidades.

A primeira vez que estive em São Paulo nessa época não entendia a razão daquela corrida maluca. Em grandes centros o superlativo dá suas caras com força e eu, caipira, chocada com o mar de gente a se amontoar pela Avenida Paulista para ver os bancos com enfeites de Natal. Ou o frenesi nas ruas de comércio para adquirir os presentes e tantos outros apetrechos festivos.

A sensação era de fazer parte dos filmes norte-americanos no momento em que os extraterrestres invadem a Terra ou que o tornado avança para a cidade: todo mundo sai de casa, de carro e com pressa, concomitantemente.

E ainda tem os presentes. Como vocês já sabem da minha característica de sinceridade, aqui vai uma: detesto comprar presentes nessa época. 

Primeiro porque tenho que pensar em algo para mais de 10 pessoas ao mesmo tempo, e acredito que presente marcante deve vir acompanhado de uma boa dose de cuidado, para ser algo realmente especial, o que para mim não aparece em larga escala. Segundo que não sou adepta a shoppings, a música das lojas, o tumulto pelos corredores, me dá urtiga.

Que tal transferir a troca de presentes para a primeira semana de janeiro? Brincadeiraaaa!

Mas tudo bem. Respire fundo. Estamos no dia 15, em 8 dias o mês acaba. Todo mundo se desliga, revela o amigo oculto na festa da família, come sem medo de ser feliz e prepara a listinha de propósitos para 2016! E tudo começa outra vez.

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